domingo, 19 de fevereiro de 2012

Foto da semana


Um lutador esfrega as mãos com barro para evitar escorregar devido ao suor, durante uma luta de lama tradicional (Kushti) luta no centro Akhaara em Kolhapur, 14 de fevereiro de 2012.
REUTERS/Danish Siddiqui


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Foto da semana


Um veículo que transporta um corpo de uma vítima de um terramoto tenta passar numa estrada destruída, na província Negros Oriental, nas Filipinas. 7 de Fevereiro de 2012 
REUTERS/Erik De Castro

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Pietá Árabe


Das mais de 100 mil fotografias a concurso, foi esta a vencedora do World Press Photo 2011, o mais conceituado prémio de fotojornalismo do mundo.

A "Pietá Árabe" foi capturada pelo fotógrafo espanhol Samuel Aranda a 15 de Outubro, numa mesquita no Iémen. A imagem da mulher a amparar um ente querido ferido remete imediatamente para a obra de Michelangelo, daí a associação do nome da escultura da renascença - Pietá - à imagem.

Uma fotografia que retrata o sofrimento, mas que também mostra compaixão e altruísmo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Campanha homossexual no metro


Ontem. por breves instantes, pensei que o Metro de Lisboa havia reconsiderado a sua posição face à campanha publicitária da rede social ManHunt.

Ao entrar na carruagem do metropolitano deparei-me com este cartaz e fiquei suspreendida, pois afinal, depois de tanta polémica as imagens publicitárias estavam a ser divulgadas. Errado. Um olhar mais atento mostra que se trata de um protesto em relação à atitude do Metro de Lisboa. Desconfiei imediatamente da qualidade da imagem e a confirmação chegou a partir do apelo: "Se nos respeitas, respeita esta acção".

Trata-se de uma demonstração de revolta e indignação.

Numa sociedade dita igualitária, que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ainda se contorna a temática da homossexualidade. O pudor em relação a este tema continua a existir. Nas salas de cinema ainda se ouvem risadas nervosas quando no ecrã surgem cenas de maior intimidade entre homossexuais, ainda se comenta quando dois homens ou duas mulheres trocam carícias em espaços públicos, ainda há quem olhe por cima do ombro quando se cruza com um casal do mesmo sexo.

É necessário combater este preconceito. As mentalidades são de mutação lenta, é verdade. Mas a persistência e a realização de acções deste género poderão implementar a mudança.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Foto da semana


 Um homem tira uma fotografia  a uma igreja coberta de gelo, a 1838 metros (6030 pés) de altura. Em Wendelstein, montanha perto de Bayrischzell, Alemanha - 1 de Fevereiro de 2012.
REUTERS / Michael Dalder

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O regresso ao cinema originário


A era muda do cinema pertence a um passado muito remoto. A um período em que não existiam tecnologias que permitissem uma junção sincronizada do som com a imagem. Hoje o cinema dispõe de avançados equipamentos capazes de criar filmes 3D com os mais apelativos efeitos visuais.

Numa época de excessos imagéticos e sonoros, Michel Hazanavicius optou por regressar ao minimalismo do passado. O Artista, a sua última obra cinematográfica, pouco se diferencia dos filmes que eram exibidos nas salas de cinema nos anos 20.

A preto e branco e sem som, (excepto em duas cenas) o filme chamou a atenção da academia, conseguindo 10 nomeações para os Óscares (é o filme com mais nomeações depois de A Invenção de Hugo de Martin Scorsese com 11 nomeações).

Jean Dujardin está nomeado para melhor interpretação masculina. O actor francês faz uma interpretação fabulosa de uma estrela de cinema a quem não agrada a chegada do cinema sonoro. Ao tentar contrariar a emergência deste novo género cinematográfico acaba por se endividar e por se afastar do estrelato.

Ao longo do filme conclui-se que o som não é um elemento indispensável para o desenrolar da narrativa. É através da expressividade facial e corporal dos actores que se comunica e se transmitem as emoções. O recurso aos intertítulos também auxilia a transmissão da mensagem.

O som surge apenas em dois momentos do filme. Perturba. Fere o silêncio que imperava até então. Surge como um elemento estranho, que destrói temporariamente a magia.

Por momentos aproximamo-nos do protagonista, abominamos o som e queremos regressar ao cinema originário, aquele cujo único elemento sonoro era a música.