segunda-feira, 5 de março de 2012

Jornalismo científico

Actualmente, mais do que em qualquer momento passado, os acontecimentos científicos não devem ficar confinados ao ambiente laboratorial. Os resultados, os erros, os avanços e recuos científicos devem ser não só do conhecimento dos especialistas, mas também da população em geral. Isto porque, tal como expressa Claudio Bertolli Filho no início do seu texto Elementos fundamentais para a prática do jornalismo científico, a ciência e a tecnologia têm vindo a assumir uma importância capital no funcionamento da sociedade contemporânea, instalando-se nos mais diversos sectores e influenciando fortemente a vida dos cidadãos.

Neste sentido, os média apresentam-se como importantes veículos de informação científica, capazes de fornecer à população conteúdos relevantes. É importante frisar que a função dos meios de comunicação social não é apenas a de descodificar jargões científicos, mas a de construir enunciados coesos, rigorosos, contextualizados e compreensíveis pela generalidade da população.

Ainda que possa pairar a ideia de que o público leigo de uma forma geral não demonstra grande interesse pela ciência, esse argumento não deve invalidar a divulgação de informações sobre o campo científico. É essencial que os indivíduos estejam esclarecidos e actualizados visto que, tal como já foi referido anteriormente, os acontecimentos científicos têm implicações directas sobre as suas vidas. Tome-se como exemplo o caso dos implantes mamários PIP. Através dos órgãos de comunicação social a população foi informada de que o gel desses implantes não era o mais adequado para fins médicos, e que o rompimento dos mesmos (mais provável de acontecer nestes implantes do que em modelos de outras marcas, devido à fragilidade do material) poderia causar inflamações às mulheres. Por intermédio dos média toda a comunidade foi alertada para este erro científico e as portadoras dos implantes, em particular, foram incentivadas a agir. Sem esta comunicação da ciência as utilizadoras iriam continuar na ignorância, desconhecendo os riscos associados aos implantes.

[...]

Texto na íntegra disponível aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário