domingo, 6 de novembro de 2011

O Barão

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Uma história de amor, que de romance tem muito pouco.
O senhor da terra nutre uma paixão pela governanta. Mas Idalina despreza-o. Ela é das poucas pessoas que parece não temer o Barão.

Tudo acontece numa pequena aldeia, algures em Portugal, onde a população passa os dias atormentada.

A monotonia é quebrada por um inspector do Ministério da Educação, que sem saber muito bem como, acaba enleado no enredo amoroso.

Nuno Melo (O Barão) tem um desempenho brilhante. Com uma forte presença e uma voz imponente transforma-se num déspota aterrador.

O Barão, um filme de Edgar Pêra, foi inspirado na obra literária de Branquinho da Fonseca. Destaca-se pela sua arrojada montagem. As sobreposições de lugares e de personagens são uma constante.

São raros os diálogos filmados no tradicional campo/contra-campo. Quando interagem, as personagens surgem simultaneamente no ecrã, sobrepostas.

Criam-se seres deformados, bestiais.
Por vezes com dois pares de olhos, outras vezes com duas bocas.

A luz e as sombras conferem ao filme um enorme dramatismo.
Juntamente com o cenário, transportam o espectador para a era do expressionismo alemão ou do gótico americano.

Um filme raro no espectro do cinema português, com um final infeliz, ao contrário da maioria das histórias de amor.

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